domingo, 16 de janeiro de 2011

Vocês conseguem descobrir as riquezas soterradas, nas pessoas que os decepcionam?

[Augusto Cury]

Nós tentamos, mas nem sempre conseguimos.


Passe se muito tempo depois que decidimos lutar por algo. Não digo tempo em estado abstrato, nem mesmo do real, mas daquele interior que mexe com nossos calendários e fazem cada momento ser uma eternidade. Luta incessante que nunca aprece ter algum triunfo, mas tem, embora estejamos cansadas demais, com dores demais, e cheias de curativos pelo peito para notarmos isso agora, não podemos nem ao menos sorrir com todos nosso caminhos traçado pelas lições que ganhamos nessas batalhas, que perdemos todos os dias e ganhamos a todo minuto. A força já não se sabe mais de onde vem, não se sabe se tem, mas tem. Sempre tem. Passamos a tirar proveito de tudo que um dia nos fortaleceu e tudo em nome deles. Enfrentamos algo tão forte quanto nós mesmo, nossa vida lá fora. Olhares nos cercam e acusam de lutar pro causas perdidas. Mas não são perdidas, e nunca serão, não enquanto acreditarmos nelas, não enquanto houver um telefonema no meio da madrugada e um abraço no meio da dor. Enquanto houver segundos de alegrias que nos fazem crer que todos aqueles momento de agonia valeram a pena. Porque nunca se sabe a força que se tem até precisar te-la. Nós não sabíamos, nós ainda não sabemos, porque a cada dia descobrimos novas formas de ir alem, de fazer algo maior , de poder hospedar dores que tiram o ar, a fome, e vontade de continuar. Mas até isso é força, porque há de ser muito forte a que desistir primeiro, a de ser mais forte aquela que lutar até conseguir. A de ser um amor muito grande para ter chegado até aqui. E hoje admiro-nos não por falta de modéstia, nem por mero agrado a nos mesmas, mas por sermos capazes de gostar tanto de pessoas que não fazem valer o vocativo 'meu amor'. Mas não os culpo, afinal, nem nós sabíamos o quanto podíamos seguir em frente, mesmo com tudo nos puxando para traz. Não sabíamos que seriamos capazes de provar a todo que mesmo que no final de tudo, haja mesmo um final, o que não acreditamos devido as circunstancias e acontecimentos, mulheres formadas e preparadas saíram de um obstáculo que fez cada célula de nosso corpo respirar a vida e agradecer a ela , mesmo tendo desistido todos os dias dessas alegrias que nossos motivos de felicidades nos tiraram. Não acredito que isso seja em vão, porque nada nessa vida é. E que mesmo se daqui há alguns anos o vento pare de nos mandar eles, saberemos que os tivemos sim, como nenhuma outra se quer chegou perto de ter. Porque eles nos tinham, mas dentro deles, elas sempre foram de fora. E mais uma coisa... Eles sempre voltam.
[Carolina Assis]


Dedicado a minha amiga Mariana Comparotto
que tenho certeza que sentira cada palavra minha
como se fossem as delas.
E que tudo termine bem para nós,
se algum dia terminar,
minha querida escavadeira.

"- E então, amar é isso?
Esse misto de alegria e pesar?
Satisfação e descontentamento?
Felicidade e dor?
- É querida... primeiro voce flutua!
- E depois?
- Bem, depois você rasteja!"

Um comentário:

  1. "...Mas não são perdidas, e nunca serão, não enquanto acreditarmos nelas..."
    Faço tuas as minhas palavras minha irmãzinha.
    E é claro que... "Eles sempre voltam"
    Enquanto tivermos uma a outra, estaremos aqui, bem. Como sempre e sempre.
    Da sua sempre escavadeira que te ama, Mari!

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