segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Obrigado por ter se mandado...

...ter me condenado a tanta liberdade.
[Cazuza]

E de vez enquando surge aquela voz na cabeça dizendo" Ele também pensa em você, ele também sentiu sua falta. "E eu acredito não porque quero, mas porque não costumo fugir das cirscunstancias reais, nem mesmo do vento que sempre te trouxe com aquele sorriso dizendo que queria me ver só para que eu não sentisse tanto saudades suas. E eu sorria e você ficava eufórico achando que eu acreditava nisso, e por conseguir manter seu segredo salvo comigo. Dessa vez, ao menos, nós dois sabemos que a diferença não foi você ir embora...
...Foi eu permitir isso.
[Carolina Assis]

Tenho uma vida ótima. Mas nenhuma dessas coisas se comparava ao prazer que eu tinha ao ouvir o barulhinho de uma mensagem dele chegando. Ou de quando o porteiro dizia seu nome e o meu coração disparava tanto que eu tinha medo de morrer antes de o elevador abrir a porta. E olhar para ele, com o seu sorriso misturado de pior e melhor pessoa do mundo. E olhar o brilho dos seus olhos sem saber se vinha da alma ou da lente de contato. Enfim: olhar e me sentir errando tanto e acertando muito. Isso tudo fazia valer os últimos dez, quinze ou quarenta dias sem saber se ele estava ou não vivo. Mas aí resolvi começar o ano fora dessa palhaçada. Essa não parece a história de uma mulher esperta ou que merece uma história melhor. Quem pode cobrar da vida uma história de verdade se fica alimentando uma coisa desse tipo? Chega. Por isso, com muito custo, chacoalhei minhas mangas. E só eu sei o quanto doeu ver a melhor coisa do mundo indo embora. Doeu um, dois dias. No terceiro, a melhor coisa do mundo virou a melhorzinha. Que virou a décima melhor. Que não virou nada.
[Tati Bernardi]


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