quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ninguém quer confissões aqui. Nem reminiscências.


Eu não quero confessar nada. É só um desabafo. Antes que isso vire um câncer e me corroa. Tentei tanto não ficar amarga. Não perder a fé. Esse espaço perdeu o sentido. O motivo de escrever não existe mais. Comecei a escrever aqui para provar que sabia coisas sobre o amor, que poderia te ensinar a se sentir amado. Coisas que ninguém mais te diria. Ou te dirá. Queria repartir com você o que eu senti e não consegui te dizer. Queria descrever a compreensão exata do amor. Quanto idiota. Tolice. Eu passei tanto tempo preocupada com meus estudos, enterrada em livros, ouvindo e assistindo coisas que me fariam crescer, amadurecer. Se leva muito tempo construindo a pessoa que se deseja ser. Sempre quis ser inteligente, culta, critica. Grande coisa. Mas não passo de uma pessoa estúpida. Sou tão idiota e carente, que escrevi o que escrevi até hoje para ganhar teu afeto. Mendiguei descaradamente sua atenção, subornei palavras transmitindo meus apelos patéticos, envolto em palavras doces e inspirativas. Assumo hoje minha doença. Desculpe-me se enganei a todo mundo por aqui. Eu também fui enganada. Mas, tenho consciência que o engano foi meu e realizado por mim. Você esta isento. Você tinha razão. Eu não estou preparada para te conhecer verdadeiramente. A sua armadura me machuca, meus dedos sangram no processo de tentar remover esse blocos de metal que você chama de sentimento. Sempre te idealizei como meu "Homem de Lata", sempre suspeitei que houvesse um coração ai nesse monte de ferro. Esse é o problema, eu sempre te idealizei. Só via o seu melhor. Ou o que eu queria ver. Odeio seu ÁLTERES. Odeio ser assim, patética e ridícula.

Liá Araujo

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