quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Eu te amo agora pelo que já compartilhamos...

...e te amo agora esperando por tudo o que virá.


Nunca entendi o motivo de não ter conseguido escrever uma frase que fosse para você. Foram tantos meses, e nenhuma palavrinha que eu pudesse ter certeza, essa é para ele, saiu de mim. Era estranho, porque todos os caras tinham recebido ao menos um textinho, até um que não significou assim tanta coisa, e não durou tantos dias, recebeu alguma coisa escrita por mim. Mas você não. Você insistia em ser melhor do que qualquer coisa eu pudesse escrever. E eu tive tanta vontade de por tudo que eu sentia em palavras, só para tornar mais real, mais palpável. Que eu pudesse visualizar todo esse amor, que cresceu a cada dia durante o ano que passou.
Mas não conseguia. E olha, anota ai, não foi por falta de tentativas. Mas não dava, e quanto mais os dias corriam, eu lembrei o porque eu gostava tanto de você, e o porque você não me lembrava nada do meu passado. Você foi diferente de todos. O começo, o meio, as brigas, os ciumes, e principalmente o fato de gostar de outra pessoa. Você fez tudo diferente, fez tudo ser muito novo, fez eu sentir um amor maduro, e só por isso eu nunca consegui escrever nada para você. Porque isso era incomum, e você era incomum. Você tinhas os olhos que pareciam enxergar minha alma, mas me fazia rir com coisas superficiais, e eu tive vontade de ser todas as perguntas que você evita fazer, ser seu medo de não aguentar tudo que a vida te faz enfrentar. Eu quis ser sua força, seu sorriso, seus pulinhos de felicidade. Eu quis ser tanta coisa para você, que meu amor não coube mais em mim e transbordou nesse texto, sobre como eu nunca consegui escrever para você. Antes eu escrevi para suprir meu amor por eles, para aumenta-lo... Por você eu precisei escrever para que ele pudesse caber em algo que não fosse apenas meu coração, minha vida, ou meu dias. Desejei tanto poder escrever algo que levasse seu nome, que no hoje eu preciso disso, para guardar o excesso de amor que você insisti em não usar.

Carolina Assis

Taí. O amor venceu. Você venceu. Venceu. Venceu. E eu acabo de descobrir, simples assim, a única maneira de me livrar desse sentimento: aceitando ele, parando de querer ganhar dele. Te amo de todas as maneiras possíveis. Sem pressa, como se só saber que você existe já me bastasse. Sem peito, como se só existisse você no mundo e eu pudesse morrer sem o seu ar. Sem idade, porque a mesma vontade que eu tenho de transar com você no banheiro eu tenho de passear de mãos dadas com você empurrando nossos netos. E por fim te amo até sem amor, como se isso tudo fosse tão grande, tão grande, tão absurdo, que quase não é. Eu te amo de um jeito tão impossível que é como se eu nem te amasse. E aí eu desencano desse amor, de tanto que eu encano. Pois ninguém acredita na gente, nem você. Mas eu te amo também do jeito mais óbvio de todos: eu te amo burra. Estúpida. Cega. E eu acredito na gente.
[Tati Bernardi]

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