quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Venha, não tenha medo. É só o mar.

Não, eu não sei nadar. Eu te ajudo, vem. Confia, vem. Estica a perna assim, abre o braço assim. Respira assim. Vem. Mas eu não sei. Mas eu tô aqui. Olhe meus olhos tão arregalados, como posso guardar mentira aqui? Eu posso cantar pra você, eu posso te segurar, eu posso ficar aqui até você conseguir. Eu não sei. Tá perto. Vai. Solta da borda. Eu sei, você já foi parar no fundo. Mas agora é diferente. Tá mais raso. E eu tô aqui. Eu vim do outro lado do oceano. Eu vim só por sua causa. Vem, larga da borda. Pode vir. Eu vi você como você é e é por isso que estou aqui. Confia. Não sei. Pode vir. Não tem mais ninguém. A borda é para os peixes pequenos. Solta, isso, relaxa a cabeça no meu peito. Não tem fundo mas eu te ajudo a flutuar. Você pode. Calma. Afoga um pouco no começo, cansa, desespera. Mas você quer como eu quero? Quero. Então eu te ajudo.
[Tati Bernardi]


Seus olhos me lembram meus sonhos. Nunca tinha visto cor parecida, mas sentia como se a esperasse desde sempre. Gosto de ficar te olhando, só esperando quando você vai sorrir, porque você sempre sorri. Sempre faz um piadinha, que se eu contar ninguém ri, mas vindo de você eu quase perco o fôlego. E quando você se levantou da minha cama, eu desejei com todas minhas forças poder te fazer o bem que você me faz. Que você pudesse ter esse amor louco que você sempre tem pelas pessoas erradas, por mim. Que o nosso amor fosse abençoado pelo meu Deus, e por todos os outros, para que ele durasse para sempre, e mesmo depois que morrêssemos, que nosso amor ainda pudesse ser citado como algo real e incrível, e que sirva de inspiração para outros casais, como serve hoje para minhas escritas. Gostaria que sua imagem de cara que sofre, passasse para o cara que é amado, e que tem muita sorte por isso. Eu queria também que você soubesse a sorte que tem. Não por me ter, minha falta de humildade não chega a tanto, mas por ter um amor tão grande a sua espera, a sua porta, no banco do seu carro, no corredor da sua faculdade... Nos meus olhos. Não por me ter, repito. Mas por nos ter. Por ter nossa intimidade, nossos abraços que nunca duram menos que dez minutos, pelos nossos sorrisos um pelo outro. Pela nossa vida. Pelo nosso amor. Pelo meu amor, que eu sonho, espero, e desejo, que um dia seja nosso.

Carolina Assis

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