segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Não vou dizer que é fácil e que nunca deu vontade de desistir...

...mas vale muito mais a pena continuar.
[Tati Bernardi]

Sou uma cética que crê em tudo,
uma desiludida cheia de ilusões,
uma revoltada que aceita,
sorridente, todo o mal da vida,
uma indiferente a transbordar de ternura.
[Florbela Espanca]

Não sei lutar pelas pessoas. Pronto, admito. Não sei e não sei. Mesmo sabendo ensinar isso a todas as meninas que insistem em me pedir conselhos, alegando que sou segura e sempre sei o que fazer. Não, eu não sei. Isso não. Não sei sorrir para alguém diferente do que eu sorrio para todo mundo, não sei mostrar meu amor de forma intensa, porque sempre o demonstro de todas as outras. Não sei diferenciar uma amizade profunda da superficial, sempre quero cuidar de todo mundo. Não, quase todo mundo. Não sei ir atrás sem me sentir arrependida, ou achando que estou fazendo muito, mesmo que na realidade não esteja fazendo nada notável. Não faço nem nunca fiz. Dai ilumina aquele pedacinho do meu pensamento que insisti em dizer, você não não sabe lutar porque nunca o fez. Não, nuca. Admito. Não sou corajosa como exalta meu signo, nem evoluída o suficiente para amar alguém mais do que a mim. Não sei ser feliz sentindo saudade, agonia e a duvida patética, de todas menininhas depois de um encontro, sobre os sentimentos do cara da vez. Que provavelmente será menor do que elas esperam. É, não sou corajosa, embora seja sagitariana, não sei sair por ai arriscando felicidade a espera de uma alegria em forma masculina. Mas algumas noites atrás eu fui a menininha patética depois dos encontros que insisti em esperar uma ligação sua, e você sempre liga. Queria admitir que não sei sorrir mais bonito para você, mas seu olhar sempre me da o mais bonito, sua mão na minha cintura insisti em ser melhor que os filmes de fim de tarde com chocolate quente que eu tanto amo, sua forma masculina continua enfrentando todas minhas felicidades e me fazendo arrisca-las por você, só por ser a forma mais bonita que eu já vi. Mas isso não muda o fato que eu não sei lutar, não sei, e não sei. Mas estou disposta aprender, como venho fazendo com meu sorriso, que insisti em ser mais bonito para você.

Carolina Assis

Claro que eu adoro minha casa, meu cachorro, meus amigos, meus livros, músicas. Tenho uma vida ótima. Mas nenhuma dessas coisas se comparava ao prazer que eu tinha ao ouvir o barulhinho de uma mensagem chegando. Ou de quando o telefone tocava e eu sabia que era ele e o meu coração disparava tanto que eu tinha medo de morrer antes de falar “alô”.
[Tati Bernardi]

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