quinta-feira, 8 de julho de 2010

O meu amor agora está perigoso...

...Mas não faz mal,
eu morro, mas eu morro amando.
[Cazuza]


Você pode ter todos os defeitos do mundo, mais ainda é melhor do que o resto do mundo,
e eu sempre me apaixono por você.
Todas as vezes que te vi,eu sempre me apaixonei por você.
Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero,
eu sou
exatamente o que vo
cê quer,
mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais.

[Tati Bernadi]

Ela na verdade não sabia o que esperar dessa vez. Não sabia nem se deveria dar a chance de existir mais um vez. Ela não sabia. Seu coração sim. Como de costume ele a dominou pelo prazer que saberia que iria receber. Ela nunca o controlou, nem ele, nem seu coração. Ela não era controlada, mas preferia ser. Você sabe, ela sempre foi indecisa. Ela decidiu, decidiu sabendo de tudo, tendo vivendo tudo. Decidiu mesmo com a possibilidade de se repetir, de acabar um dia, mas talvez um dia perto demais. Sempre era algum dia perto demais. mas sempre voltava, um dia também perto demais. Aquilo a dominava, a adrenalina mexia com ela de forma exagerada, que nem as borboletas no estômago eram pareis. Dessa vez a essência foi a mesma, a magia, os sorriso, os contatos, até mesmos aquele encanto. Aquele que nunca se perdia enquanto estavam juntos, que nunca se perderia. Disso ela sabia. Faziam parte um do outro, e nisso as coisas haviam mudado, vinham mudando com o passar do tempo, isso aumentava. Ele a conhecia agora. Ela sempre o conheceu. Ali com ele, sendo olhada daquele jeito que a fazia esquecer seu nome, ela soube que isso se repetiria sempre que ela quisesse. Não porque dominasse a situação, a situação a dominava, e ela havia escolhido ser sempre assim. Sempre seria. Não do amor, esse sempre a surpreendia. Era algo alem, algo que ela via em seu sorriso. E agora ela entendia que nunca se cansaria de ver aquele sorriso lindo naquele rosto duro, aquele que ela provocava com facilidade, aquele que ela nunca via quando estavam separados. Já não importava mais nada, naquele momento, era ele e ela. Como desde sempre vinha sendo. Ela sempre seria dele, ele sempre seria dela. Talvez não ele, talvez só seu sorriso mais sincero. Mas isso já bastava. E sempre seria assim, agora ela sabia. Tantas vezes esperou pelo fim, e ele nunca veio. Ela cansou de esperar. Pelo fim. Por ele, talvez ela nunca cansasse. Talvez. Você sabe, ela sempre foi indecisa.


Carolina Assis

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